Mundo dos Viajantes

Bonito em 6 dias – Parte 1/3

ROTEIRO

Dia 1 – Partimos do Aeroporto Santos Dumont no RJ para o Aeroporto de Congonhas em  SP. De SP fomos para o Aeroporto Internacional de Campo Grande. Em campo Grande pegamos o carro já reservado pela internet na Movida. Levamos 3 horas e 30 minutos de viagem até Bonito. Ao chegar fomos direto para Agencia Acquaviagens pegar os vouchers de Passeios.

Dia 2 – Passeio no Barra do Sucuri pela manhã, depois fomos almoçar e usar o day use na Praia de Figueira, ficamos lá até 17:00h.

Dia 3 – Passeio de flutuação na Lagoa Misteriosa pela manhã, depois fomos para o passeio de flutuação no Rio da Prata com direito a almoço no local, ambos ficam na mesma Fazenda;

Dia 4 – Passeio com direito a almoço na Boca da Onça Ecotour, leva quase o dia todo.

Dia 5 – Pela manhã fomos à Gruta do Lago Azul e à tarde na Gruta São Mateus;

Dia 6 – Partida: Bonito – Aeroporto Campo Grande com devolução de carro – Aeroporto São Paulo – Aeroporto Rio de Janeiro.

BREVES CONSIDERAÇÕES

Não há passeios gratuitos na cidade, a não ser circular pela Pracinha rs. A nossa viagem para Bonito diferente das demais foi organizada com ajuda de agencia de viagem, pois em Bonito os passeios são comprados por intermédio delas, o preço é padronizado, tem horários muitos específicos, portanto são pré agendados, não há vendas de ingressos na hora pelos receptivos. Bonito é o meio do mato mais organizado que já conheci. De início até tivemos certa dificuldade em aceitar essa situação de ter uma agência organizando os passeios para nós, demos “pitacos” aqui e ali e no fim nos entendemos muito bem.  O nosso atendente Welker da Acquaviagens foi super atencioso e paciente, fomos muito bem recebidos quando chegamos.

É importante esclarecer que nem todos os passeios ficam na cidade de Bonito, mas sim em cidades vizinhas, portanto transfers ou carro alugado são opções de locomoção.

A alimentação na cidade é boa e barata comparada ao Rio.

Só vimos os seguintes bancos lá : Bradesco, Caixa e do Banco do Brasil, mas todos os estabelecimentos que fomos aceitaram cartão de débito e crédito.

Há dois postos de gasolina no Centro da cidade.

Tênis é o calçado mais usado nos passeios, já que maioria é uma combinação de trilha com flutuação ou cachoeira.

Internet na cidade é uma porcaria, o 3G não funciona, 4G acho que nem chegou lá, o wi-fi do hotel mesmo com diversos pontos espalhados não pegava, somente na recepção mesmo. Muitos restaurantes sequer tem wi-fi.

QUANDO IR

Depende do que você quer apreciar mais. As estações lá são divididas em seca e chuvosa. A chuvosa é entre dezembro e março, portanto  as cachoeiras estão mais cheias, por outro lado há menos peixes nos rios por conta da piracema  (período em que os peixes sobem para a cabeceira dos rios para realizar sua reprodução). Além disso, com chuvas as águas dos Rios podem ficam mais turvas, logo com menos visibilidade.A estação seca é entre os meses de maio a outubro, logo as águas dos Rios estão mais cristalinas, ideal para flutuação. Nós fomos nos mês de setembro de 2016.

COMO IR

O Aeroporto de Bonito só opera duas vezes por semana e as passagens são mais caras, portanto é mais fácil achar voos para Campo Grande; na semana que fomos não havia voos diretos partindo do Rio, o que tornou a viagem bem cansativa. Seja com voos diretos ou não, escolha horários em que você possa partir do Aeroporto de Campo Grande de carro para Bonito no máximo às 14:00h para evitar a estrada à noite, pois é bem escura e há riscos de animais na pista.

Há opções de ir de ônibus, vans (custo médio de R$100,00 por pessoa) a partir de Campo Grande, mas preferimos alugar carro por conta da distância entre a cidade e os passeios que muitas vezes não são no próprio Município e sim nos vizinhos. Além disso, os transfers para passeios são pagos por fora, portanto o custo do carro fica mais em conta se a viagem for acima de 2 pessoas.

Nós fizemos a reserva do carro pelo site da Movida aqui no Rio e retiramos no Aeroporto. O carro escolhido foi um HB20 1.0 completo no  valor de  R$826,00 com todos os seguros. O GPS não pega muito bem, portanto é bom estudar o caminho antes, sendo que o Google ira te dar três opções de caminho, a melhor e atual opção é por Sidrolândia. Não vimos locadora na Cidade de Bonito, portanto se for para alugar que seja no Aeroporto mesmo.

NOSSA VIAGEM

Primeiro dia – Nosso primeiro dia foi gasto somente para chegar à cidade. Saímos bem cedo do Rio, chegamos em Bonito por volta das 20:00h, pegamos nossas vouchers para os passeios, comemos um lanche e fomos para a nossa Pousada Solar do Cerrado que também foi reservada pela agência, pois quando tentamos reservar pelo booking o preço da mesma pousada era o dobro do valor oferecido pela agência.

Vale esclarecer que os passeios possuem horários agendados que são seguidos a risca, há horários a partir das 07:00h, por conta disso o café da manhã começa às 06:00h. Na agência é entregue um mapa autoexplicativo em como chegar em cada lugar e com orientação de quanto tempo de antecedência deve sair da pousada, como dissemos, é o “meio do mato” mais organizado que já conhecemos, o que pra nós foi um ponto forte.

Segundo dia – Nosso primeiro passeio foi o Barra do Rio Sucuri. O passeio localiza-se no sítio Água Azul que possui 45 hectares de extensão e fica a 17km da Praça de Bonito. No receptivo há vestuário com chuveiros e sanitários (super limpos), armários e restaurante que serve a la carte. Nós recebemos a roupa e calçado de neoprene, bem como equipamentos de mergulho (snorkel, máscara, colete) e fomos para o deck de onde parte o passeio. Fomos num grupo de 7 incluindo o guia.

O passeio é feito num barquinho no qual todos nós remamos por 1.300 m pelo Rio Sucuri contemplando toda a beleza do lugar até chegar próximo de sua nascente, onde tem outro tem deck para pausa e descanso. O retorno é feito pelo mesmo caminho, mas dessa vez voltamos flutuando com ajuda da correnteza, não precisa nadar e nem bater as pernas, na verdade não é indicado, basta se deixar levar e aproveitar. As águas do Rio Sucuri são cristalinas, ficou em 8º lugar como uma das mais cristalinas do mundo, é cheia de vida aquática, há muitos peixes, plantas, vimos até uma lontra. O retorno foi revigorante, ficamos extasiados com tamanha beleza. Preços: Alta temporada R$145,00 , baixa temporada R$ 125,00.

Vale informar que nos passeios de flutuação é restrito o uso de repelente e protetor solar. Somos a orientados a usar somente ao final do passeio para evitar a contaminação do Rio e sua vida animal com esses produtos químicos. Isso é levado muito a sério lá, portanto é bom respeitar e assim evitar constrangimentos.

Após trocarmos as roupas fomos para Praia da Figueira que fica logo ao lado, 1,5km de distância. Apesar do nome, não se trata de uma praia, mas sim uma lagoa de 60 mil metros quadrados cheia de peixes enormes. Lá o passeio consiste em day use, você pode ficar o quanto quiser e desfrutar da estrutura oferecida.

A estrutura da Praia da Figueira é muito boa, há restaurante, quiosques espalhados com espreguiçadeiras e bangalôs pra relaxar, a água da Lagoa é quentinha, tem um avião colorido na borda da mesma que serve como decoração rendendo ótimas fotos. O peixes não encostam em você a não ser que dê a eles a ração vendida no local. Pra quem quiser praticar atividades, há caiaques, stand up paddle (SUP) e pedalinho que são pagos; já a tirolesa é gratuita ,mas tem que ter coragem. Vimos muitas pessoas desistirem, eu, Tati fui uma delas rsrs, pois nessa tirolesa você desce segurando com a força das próprias mãos, é segura, tem colete salva vidas, mas eu sou medrosa mesmo.

Além disso o local tem playground para as crianças e um árvore Figueira enorme com diversas redes para descanso.O lugar é ótimo pra passar o dia e relaxar. O preço para alta e baixa temporada são os mesmos: R$ 50,00.

Nós almoçamos lá, o prato para dois é bem servido, bom preço, a comida é boa, mas achamos um pouco insossa para o nosso paladar.

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