Quando falamos de Portugal a primeira coisa que vem a mente são pasteis de natas, bacalhau, cidades históricas e Castelos, mas se engana quem pensa que Portugal se resume a isso. Portugal é muito mais que cidades históricas e tivemos o prazer de conferir isso ao conhecer um pouco do Parque Nacional Peneda  Gerês  ou apenas Gerês.

O Parque Nacional Peneda Gerês fica no norte de Portugal, perto da fronteira espanhola, inclusive em nosso tour pisamos num pedacinho da Espanha. Desde que chegamos em Portugal já tínhamos ouvido falar desse Parque tão pouco frequentando por turistas estrangeiros (a maioria dos seus frequentadores são  locais) até que recebemos um convite super especial da Agência Mygreenwaytours especializada em Tours em Montanhas que oferece diversas atividades como escalada, passeios a cavalo, caiaque  e outras aventuras.

Era uma segunda-feira  de agosto em pleno verão europeu e lá fomos nós com o guia Eduardo da Mygreenwaytours e mais um casal de ingleses na 4×4 estrada a fora rumo a Gerês. O dia estava quente, então nossa primeira parada foi para um passeio de Caiaque pelo Rio Caldo.

Como eu sou molenga preferi dividir o caiaque com o Bruno ou dificilmente eu sairia do lugar, sábia decisão. O passeio teve duração de 1 hora, passamos por lindas paisagens, inclusive por baixo de uma ponte até chegar numa ponta vazia do Rio onde estacionamos os caiaques e aproveitamos para mergulhar nas águas rasas, frescas e límpidas do Rio.

Como o dia estava quente, o banho foi algo necessário para reenergizar. Dali pegamos a estrada novamente rumo a Cascata Fecha de Barjas, popularmente conhecida como Tahiti. No caminho paramos numa das milhares de fontes de água e abastecemos nossas garrafas reutilizáveis que ganhamos do Eduardo,  e assim o meio ambiente agradece.

Logo no caminho para a Cascata Tahiti nos deparamos com uma placa de alerta sobre o perigo de queda no Rio da Cascata de Várzeas. O Eduardo nos contou que algumas semanas antes duas turistas, dentre elas uma brasileira, escorregaram e vieram a falecer por conta do traumatismo craniano, portanto o ideal é evitar o local.

E assim prosseguimos rumo a Cascata Tahiti guiados pelo Eduardo que conhece cada centímetro do local, afinal ele frequenta desde criança. O caminho da Tahiti é tranquilo, mas deve-se ter atenção sempre e usar calçados adequados, pois o solo é seco e arenoso, nunca subestime uma caminho de trilha.

A Cascata estava um pouco cheia afinal era verão, mas nada comparada ao que vemos nas Cachoeiras do Brasil em alto verão. Nos refrescamos nas águas geladas da Cascata Tahiti que há partes rasas e outras já nem tanto, portanto cuidado e atenção.

Depois do banho revigorante fomos almoçar na Vila Ermida (nesse momento meu estomago começa a remexer enquanto escrevo o post) no Restaurante e Hospedagem Casa Baranda. O local é simples e a comida servida tipicamente portuguesa  tem gostinho de comida de mãe como diz o Bruno.

No Restaurante Baranda nós tomamos caldo verde, comemos pãezinhos, bolinho de bacalhau, chouriça, rissóis, moela , rojões, marmelada com queijo, pastel de nata. Fiquei surpresa com a moela, eu nunca havia comido e adorei. Para beber rolou vinho e até água ardente, é isso mesmo, daquelas de arrepiar os pêlos da nuca, enfim, almoço maravilhoso com direito a uma vista linda de um Mirante a alguns metros do local.

Após o almoço fomos conhecer o Miradouro da Pedra Bela que fica a 829 metros de altitude, possui uma vista única e magnífica daquelas de tirar o fôlego. Ali é possível ver a mata e as Montanhas que rodeiam o Rio Caldo que se junta ao o Rio Cávado, um lugar para admirar.

Dali fomos visitar uma Cascata no lado Espanhol, a surpresinha que o Eduardo nos preparou, um local pouco conhecido e assim será mantido. No caminho percorremos uma trilha com direito a colheita de amoras e no fim, uma Cascata todinha só pra chamar de nossa.

Já era fim de tarde, as nuvens cobriram o sol e não foi possível ver o tom tão esverdeado da água, mas de perto ao mergulhar conseguimos ver vários peixes e peixinhos. Essa Cascata forma um poço no qual é seguro pular em determinados pontos, o que foi a alegria do grupo, exceto eu que por medo de altura preferi apenas imergir pelas vias normais.

Depois de um bom tempo ali a sós, pegamos o caminho de volta para casa e no percurso paramos num Mirante que eu apelidei de “Uau”, pois foi só o que conseguir dizer ao ver aquele espetáculo. Essa foi mais uma surpresinha do guia Eduardo da Mygreenwaytours.

O Parque Nacional Peneda Gerês é o único parque Nacional de Portugal e o maior, portanto impossível conhecê-lo em apenas um dia, serão necessárias muitas visitas para isso. O legal de ter ido com a agência Mygreenwaytours foi além do conforto de não ter que nos preocupar com GPS e caminhos é que o tour foi personalizado conforme nossos gostos, de acordo com nosso perfil. Não bastasse isso o Eduardo nos levou em lugares não tão conhecidos, logo não estavam cheios, o que fez um grande diferencial em nossa experiência.

Curiosidades: Parque Nacional da Peneda Gerês é considerado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera e seu perímetro territorial abrange todo o vasto território florestal que se estende desde a Serra da Peneda até a Serra do Gerês  daí o seu nome.

No caminho para casa, ou seja, voltando para Braga passamos por uma estrada  de percurso Romano repleta de Milhas com inscrições datadas de vários séculos.

Enfim, as fotografias podem mostrar um pouco de como foi nosso dia no Parque Nacional Peneda Gerês, mas conhecer pessoalmente é uma experiência incrível, portanto se você gosta de estar conectado com a natureza, não deixe de conhecer um pouco do Parque, é uma experiência gratificante.

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